Penso que não será exagero admitir que opinar faz parte da natureza humana. Dar a nossa opinião faz parte da rotina diária, preenche diálogos e enriquece a comunicação. Pensamos, fazemos juízos, deliberamos, criamos opiniões.
Somos, até prova em contrário, livres para opinar sobre determinado assunto, seja ele qual for.
Há quem goste de opinar sobre tudo.
Há quem goste de opinar sobre nada.
Há quem opine só quando lhe é pedido.
Há quem o esteja sempre a opinar,
Há quem não goste de manifestar a sua opinião.
Há quem se informe antes de opinar.
Há quem opine de forma empírica.
Esta diversidade de sensibilidades reflete a democracia, a liberdade. E, no final, podemos concordar ou não com determinada opinião. Devemos fazê-lo sem medo da nossa posição. O medo encolhe, o medo abafa. Quantas opiniões se perdem por medo?! Quantas soluções para os mais diversos problemas terão sido adiadas, perdidas ou negligenciadas pela ausência de partilha de opiniões? Sim, na minha opinião, opinar é partilhar.
Todos devemos pugnar pela livre manifestação de opiniões, sejam elas quais forem, concordemos ou não. No limite, poderemos até nem concordar com uma opinião, mas devemos fazer prevalecer a liberdade para que possa ser expressa e competir-nos-á fundamentar a nossa opinião de forma a combater essa outra.
Sim, opiniões contrárias combatem-se com informação, com factos, com elegância. Não é com silêncio forçado, censura ou retóricas totalitaristas.
E esta, é a minha opinião.
Qual é a sua?
Rafaela Campos, dra
Coordenadora da USF Alfena
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