O Chorum Dae Laetitia marcou o arranque da Semana Santa com um concerto, transmitido online. Um momento de oração que quiseram fazer por todos os que sofreram e sofrem por causa da pandemia. A associação quis dedicar este momento a todos os profissionais que estão na linha da frente do combate à COVID-19.
Porque não tiveram público de forma presencial, preferem chamar-lhe momento musical. Um momento que já devia ter acontecido na Semana Santa do ano passado, mas isso não foi possível por causa da pandemia e das medidas de confinamento.
Mas a vontade de cantar era maior. Por isso, começaram a ensaiar com as restrições impostas pela pandemia. Uma tarefa que não foi fácil, admite a representante do grupo, Paula Neves. “Ao início foi um bocadinho complicado porque todos nós fomos apanhados de surpresa. De repente, ficamos todos fechados nas nossas casas, e para nós enquanto coro foi difícil imaginar como é que íamos ensaiar, sem ter a voz ao lado e logo nós que somos um coro composto por quatro vozes - sopranos, altos, tenores e baixos", conta Paula Neves.
Mas depois da surpresa inicial e do período de adaptação, começaram a sentir falta da música. A solução seria passar a ensaiar online. "Via teams começamos a ensaiar por naipes". Apenas se voltaram a encontrar de forma presencial, para juntar as quatro vozes, na semana que antecedeu o concerto. "E foi muito bonito".
O reportório para abrir as cerimónias da Semana Santa foi pensado com um objetivo bem definido: levar a casa de cada um todo o ambiente vivido nesta altura. "Queremos que as pessoas vivam todo aquele ambiente de semana santa, tudo o que se vive, da Paixão de Cristo, toda a carga relacionada com a crucificação, o sofrimento", explica Paula Neves.
Ensaiar algumas das peças apresentadas neste concerto foi mais difícil sem o presencial até porque era preciso "interiorizar todo o sofrimento de Maria ao ver Cristo ser crucificado na cruz".
O Chorum Dae Letitia surge de um sonho do maestro Carlos Tavares. Estreou-se nas festividades de Nossa Senhora do Amparo em 2015. Em 2018, constituiu-se enquanto associação e, desde essa altura “tem evoluído”. Atuam principalmente em Alfena, mas já deram concertos fora de portas. É composto por 28 elementos distribuídos por quatro vozes.
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